O modelo sócio-economico em que a sociedade ocidental contemporânea foi construída baseia-se sumariamente no conceito de posse. Deter um bem muitas vezes qualifica mais um homem do que suas ações ou ideologia. A propriedade é um desses bens que dão status e poder ao seu detentor, e lhe permite, como a história tem comprovado, exercer um domínio social e político sobre uma nação. Portanto, a menos que se mude o modo de pensar a propriedade, a reforma agrária não será efetivada.
Uma das características mais marcantes da economia de marcado é a privatização dos meios de produção. Se em uma sociedade industrial tais meios são as máquinas e as fábricas, em um país como o Brasil, que já foi essencialmente agrário-exportador e ainda hoje possui a agricultura como fator econômico imprescindível, a terra desempenha esse papel. A partir daí é possível pressupor que a reforma agrária implicaria, acima de tudo, no rompimento ou remodelação do sistema econômico adotado no Brasil.
Remodelar a economia em prol de uma melhor repartição latifundiária representa o afastamento das oligarquias que historicamente se perpetuam no poder político, nem sempre utilizando de práticas éticas ou democráticas. Logo, a reforma agrária não seria fruto de uma ação do poder instituído visto que esse se confunde com a figura do grande proprietário. Somada a essa situação, encontramos a luta camponesa bastante burocratizada. O MST, órgão que outrora fora responsável pela luta do trabalhador rural, passou a atuar em campo da política que beira o peleguismo, servindo de base de apoio a um governo populista e trocando apoio político por favores e interesses de seus líderes.
Isso não significa, entretanto, que a inviabilidade da reforma agrária implique na não distribuição de renda. É possível pensar em um modelo econômico que respeite seus objetivos, baseando-se em um sistema de parcerias entre trabalhador e proprietário, envolvendo a repartição da produção e o consumo de excedentes. Não seria, dessa maneira, a reforma agrária idealizada pelo socialismo, mas ainda sim contribuiria para tornar a dominância do patrão sobre a mão de obra em cooperação mutua.
Uma das características mais marcantes da economia de marcado é a privatização dos meios de produção. Se em uma sociedade industrial tais meios são as máquinas e as fábricas, em um país como o Brasil, que já foi essencialmente agrário-exportador e ainda hoje possui a agricultura como fator econômico imprescindível, a terra desempenha esse papel. A partir daí é possível pressupor que a reforma agrária implicaria, acima de tudo, no rompimento ou remodelação do sistema econômico adotado no Brasil.
Remodelar a economia em prol de uma melhor repartição latifundiária representa o afastamento das oligarquias que historicamente se perpetuam no poder político, nem sempre utilizando de práticas éticas ou democráticas. Logo, a reforma agrária não seria fruto de uma ação do poder instituído visto que esse se confunde com a figura do grande proprietário. Somada a essa situação, encontramos a luta camponesa bastante burocratizada. O MST, órgão que outrora fora responsável pela luta do trabalhador rural, passou a atuar em campo da política que beira o peleguismo, servindo de base de apoio a um governo populista e trocando apoio político por favores e interesses de seus líderes.
Isso não significa, entretanto, que a inviabilidade da reforma agrária implique na não distribuição de renda. É possível pensar em um modelo econômico que respeite seus objetivos, baseando-se em um sistema de parcerias entre trabalhador e proprietário, envolvendo a repartição da produção e o consumo de excedentes. Não seria, dessa maneira, a reforma agrária idealizada pelo socialismo, mas ainda sim contribuiria para tornar a dominância do patrão sobre a mão de obra em cooperação mutua.
3 comentários:
Ai Leo...essa disertação ta otima cara, tema bom o qual falamos recentemente,estrutura clara coesa... acho que isso escrever nesse foramato ja lhe convêm.
devo dizer que estou feliz por voce ter retornado a escrever, e falar que dessa vez vou procurar acompanhar bem o seu blog, coisa que devo adimitir que não fiz no passado.Mas agora somos novas pessoas e podemos desfrutar essa troca de informações de forma muito mais responsavel, madura e produtiva.
quanto a reforma agrária, bem acho que voce sabe qual é minha opnião...
só tenho um pedido, gostaria ver mais sua pessoa dentro das coisas que voce escrever ... disertação impessualisa, e acho que nesse blog vai ser mais legal se voce for pessoal.
té a proxima cara, tenho grandes noticias para te dar
...é tudo uma questão de retomada de movimento...
Olha só, alguém conseguiu sintetizar toda a nossa discussão. A minha redação ficou pela metade, e num surto de impaciência eu escrevi no final, simplesmente, "a reforma agrária é impossível".
Enfim, o texto tá ótimo Leo!
Um beijo grande!
[amanda secco.]
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