sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Saudades do menino deus

Queria eu era buscar qualquer alívio para todos os que fossem meus questionamentos. Sete e meia da noite, em algum ponto da serra gaúcha, penso no tamanho desse Estado e no quanto estou longe de casa. Penso no menino deus e no desenrolar dessa história - outra transa, outro caso, não sabia de nada naquelas épocas e hoje eu penso não saber de mais nada ainda. Com a mera ambição, entretanto, de saber de quase tudo. E saber tão pouco da minha vida, do que nos cerca, essas incertezas, angústia de comer devagar e não consigar vomitar, dessa que causa travo em garganta, que tem gosto de chimarrão amargo e quente aqui nesse vale do sul do país, com essa eu não sei lidar. Sinto falta dessa paz que nos acompanha quando estamos em um lugar de onde fazemos parte - não se trata, nesse caso, de gostar ou estar feliz. É como se houvesse, em algum momento da vida, essa possibilidade de se integrar com o todo com uma intensidade profunda, quase dolorida, uma presença constante, concisa e veemente.

Um comentário:

companheira cronópia disse...

para alguns não há essa possibilidade. é a parte que dói. a que não dói e deixa em felicidade absoluta é ver os que pertencem.